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Os casos de outros políticos que assumiram ser homossexuais

Numa entrevista ao Expresso publicada na passada sexta-feira, o vice-presidente do CDS-PP Adolfo Mesquita Nunes assumiu a sua homossexualidade. Em Portugal, não há muitos políticos que o tenham feito. Lá fora, a história é diferente: há dois países europeus cujos primeiros-ministros são assumidamente homossexuais. Recordamos alguns casos

Os casos de outros políticos que assumiram ser homossexuais

Adolfo Mesquita Nunes assumiu publicamente que é homossexual. A revelação aconteceu durante uma entrevista ao semanário Expresso publicada na passada sexta-feira. Naquela que foi a sua primeira entrevista de vida, o vice-presidente do CDS relatou um episódio da sua campanha eleitoral autárquica na Covilhã, a sua cidade natal, para assumir a sua homossexualidade: um dos seus cartazes tinha sido vandalizado e os autores escreveram a palavra "gay" no outdoor. O candidato recusou-se a retirar o cartaz, defendendo-se com o argumento de que aquilo que tinham escrito "não era mentira." Pior teria sido se tivessem escrito "corrupto", disse. Ao recuperar esta história, Adolfo Mesquita Nunes tornou-se o primeiro alto dirigente de um partido a assumir-se gay.

Não foi o primeiro político a fazê-lo em Portugal mas os casos não são habituais. Em agosto de 2017, a Secretária de Estado da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, admitiu, em entrevista ao DN, ser lésbica, tornando-se na primeira governante a assumir a sua homossexualidade. O deputado socialista Alexandre Quintanilha é casado com o escritor Richard Zimler e é, atualmente, o único parlamentar português assumidamente gay. O sociólogo e ex-deputado Miguel Vale de Almeida é um dos mais mediáticos ativistas pelos direitos LGBTI e foi dos primeiros políticos portugueses a assumir ser homossexual, assim como o ex-líder da JSD Jorge Nuno Sá.

Certo é que não é comum ver um político português a assumir a sua homossexualidade em Portugal. E nenhum daqueles que o fizeram até ao momento desempenhou cargos ministeriais ou de presidência partidária, como já aconteceu no exterior. Na Europa, por exemplo, há atualmente dois países cujos primeiros-ministros são assumidamente homossexuais: Irlanda e Luxemburgo. No primeiro caso, não deixa de ser curioso notar que se trata de um país onde uma larga maioria da população declara ser católica (cerca de 78%).

Esta não é, no entanto, uma novidade para a Islândia. Em 2009, Jóhanna Siguroardóttir foi eleita primeira-ministra. Corria o segundo mês daquele ano quando a Europa assistiu pela primeira vez à eleição de uma primeira-ministra lésbica. Até então, nenhum país europeu tinha tido como chefe de governo uma pessoa homossexual.

Nos Estados Unidos, o paradigma muda consoante o estado de que se esteja a falar. Anisse Parker foi a primeira governante local a assumir ser homossexual. Esteve à frente da Câmara de Houston, no conservador estado do Texas, entre 2010 e 2016, tendo casado em 2014 com a sua atual mulher, Katty Hubbard.

Publicado por: Visão

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