Polícias esperam meses por cirurgias urgentes devido a acidentes de trabalho

Em causa está a demora na aprovação das despesas por parte da Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública.
Há profissionais da Polícia de Segurança Pública (PSP) que estão há meses à espera de cirurgias após acidentes de trabalho, revela o Jornal de Notícias desta segunda-feira. A demora na marcação das operações deve-se ao atraso na aprovação de despesas por parte da Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública, o organismo que coordena o processo.

“Quando ocorre um acidente de trabalho, as despesas não são pagas pelo subsistema de saúde dos polícias, mas pela Direção da polícia e o protelar dos processos no tempo é uma forma de demover as pessoas de recorrerem a esse fundo”, esclarece ao JN o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Rodrigues.

O responsável pelo sindicato refere ainda ao matutino que a situação é grave também pelo facto de que a PSP gasta mais ao ter os funcionários de baixa a receber em vez de continuarem ao serviço caso recebessem o tratamento adequado. Ao diário, vários agentes da polícia explicaram que esperam intervenção médica há sete meses, oito meses ou até dois anos. Questionada sobre a demora, a Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública não apresentou os motivos.

Publicado por: Jornal Económico