Planeta Terra a caminho das temperaturas de há 200 milhões de anos

Um estudo da Universidade de Southampton prevê que o planeta aqueça para temperaturas não vistas desde o período Triássico, o que acontecerá daqui a 100-200 anos. Pouco depois, o clima pode atingir temperaturas não vistas desde há 420 milhões de anos. Conheça estas e outras evidências científicas por altura em que se celebra o Dia Mundial da Terra, a 22 de abril.
Um estudo da Universidade de Southampton prevê que o planeta aqueça para temperaturas não vistas desde o período Triássico, o que acontecerá daqui a 100-200 anos. Pouco depois, o clima pode atingir temperaturas não vistas desde há 420 milhões de anos. Conheça estas e outras evidências científicas por altura em que se celebra o Dia Mundial da Terra, a 22 de abril.

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Daqui a 100 anos – 200 anos, o planeta Terra vai voltar à temperatura que tinha há 200 milhões de anos, segundo um estudo da Universidade de Southampton, Inglaterra, que diz que o planeta deverá aquecer para temperaturas não vistas desde o período Triássico. As conclusões do estudo sugerem ainda que, se a humanidade queimar todos os combustíveis fósseis disponíveis no futuro, os níveis de CO2 contidos na atmosfera podem não ter nenhum equivalente geologicamente preservado, elevando as temperaturas para as do período de  há 420 milhões de anos.

 

O aquecimento global é tido como uma grande ameaça à vida na Terra, apesar de estar a ser escamoteado pela adminstração da maior potência do mundo, EUA, como uma invenção sem fundamento. A 22 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Terra. Numa altura em que se aborda várias questões ambientais, é essencial ter conhecimento de evidências científicas para sustentar argumentos e evitar fundamentalismos.

 

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De seguida, apresentamos-lhe resultados de uma série de outros estudos científicos que mostram como estamos a destruir o nosso planeta, logo, a nossa casa e a dos restantes seres vivos com os quais co-habitamos.

 

Onda de calor destrói ecossistemas

De acordo com um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de Deakin, Austrália, e New Southeastern University, EUA, o aquecimento global tem demonstrado ter a capacidade de mudar drasticamente os ecossistemas vitais.

 

Shark Bay, uma baía na Austrália, ganhou o seu status de Património Mundial, em parte, por causa dos seus 1.800 quilómetros quadrados de erva marinha, a que o site da UNESCO chama os ‘mais ricos do mundo’. Este vasto ecossistema subtropical hospeda milhares de tubarões, outros peixes, tartarugas marinhas, golfinhos, entre outros. No verão de 2011, surgiu uma onda de calor que resultou no aquecimento das águas e entre 70 a 90 por cento das ervas marinhas ficaram destruídas.

 

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As orquídeas estão sob ameaça

As orquídeas representam 10% das espécies de plantas do mundo e mais de 50% das orquídeas nativas na América do Norte estão listadas como ameaçadas ou em perigo em alguma parte da sua gama de origem. O botânico Dennis Whigham e os seus colegas estão a fazer os possíveis, no Smithsonian Environmental Research Center (SERC) em Edgewater, EUA, para conservar estas flores, ao estudarem a interação entre uma orquídea e um fungo.

 

Orquídeas e fungos têm uma complexa associação simbiótica na qual cada num dos estádios da vida das orquídeas são dependentes, em algum grau, de fungos específicos. Whigham atualmente está focado em orquídeas terrestres raras, do leste da América do Norte. O sonho passa por criar um centro de conservação desta espécie de orquídea.

Os problemas ambientais também afetam a vida de um ‘sapo cocas’

O clima mudou para taxas bem acima da norma geológica. Se a humanidade não conseguir atacar o aumento do CO2 e queimar todo o combustível fóssil prontamente disponível, em 2250, o CO2 será de cerca de 2000 ppm, níveis não vistos desde há 200 milhões de anos.

 

Um novo estudo com rãs peruanas suporta a ideia de que os anfíbios das terras baixas estão em maior risco pelo aquecimento climático futuro. Isto ocorre porque as criaturas das planícies já vivem perto das temperaturas máximas que podem tolerar, enquanto os anfíbios de alta altitude podem estar mais protegidos do aumento das temperaturas, de acordo com um estudo do ecólogo da Universidade de Michigan, Rudolf von May.

 

O objetivo do estudo passou por determinar se as rãs tropicais poderiam lidar bem com o calor ou frio previsto para as regiões tropicais como resultado da mudança climática. A tolerância dos sapos ao calor variou entre os 25ºC e os 35ºC e, como esperado, as espécies de montanhas toleraram temperaturas muito mais baixas do que as espécies de planície.

 

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Temperaturas têm extrapolado as normas sazonais

Em março de 2017, o mundo observou a temperatura média mais fria (em comparação com as normas sazonais) desde julho de 2015 e as suas temperaturas mais baixas nos trópicos desde fevereiro de 2015. As temperaturas nos trópicos são essencialmente ‘normais’ em relação à média de 30 anos.

 

Comparado com as normas sazonais, o ponto mais quente do mundo em março foi sobre a Rússia oriental, perto da cidade de Yakutsk, com uma temperatura média de 5,58ºC  mais quente do que as normas sazonais. Análogo com as normas sazonais, a temperatura média mais fria na Terra em março foi sobre o leste do Alasca, perto Dot Lake Village, acusando 4,08º C  mais frio do que as normas sazonais.

Troncos de árvores atuam como fonte de metano em florestas de montanha

Um novo estudo da Universidade de Delaware mostrou que os troncos de árvores em florestas de terra firme emitem metano em vez de armazená-lo, representando uma fonte nova, anteriormente desconhecida deste poderoso gás de efeito estufa.

 

O metano é cerca de 25 vezes mais forte do que o dióxido de carbono, com algumas estimativas tão altas como 33 vezes mais forte devido aos seus efeitos quando está na atmosfera. Os solos das florestas de montanha ocupam e armazenam habitualmente metano, mas esse efeito pode ser neutralizado pelas emissões de metano dos troncos das árvores.

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Publicado por: Mood