Nacional

Centenas de escolas fechadas devido a manifestação de trabalhadores não docentes

Protestam, esta tarde, contra a falta de funcionários não docentes e das condições de trabalho.

Após a manifestação dos professores, os trabalhadores não docente das escolas públicas também vão para a rua esta tarde. O protesto, marcado pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas (também afecta à CGTP), leva ao fecho de centenas de estabelecimentos de norte a sul.

“Não estamos a fazer nenhuma contagem de escolas pois o pré-aviso
de greve é para a deslocação. Tenho a indicação de que há centenas de escolas
fechadas, mas não temos uma contagem, pois não era um pré-aviso para encerrar
escolas, apesar de muitas encerrarem. Os funcionários para virem à concentração
têm de faltar”, explicou à agência Lusa Artur Sequeira, da federação.

“Há muitas escolas encerradas. Não vai atingir o número de escolas que encerrou na greve de dia 3 de Fevereiro porque essa aí era uma greve para encerrar escolas e esta não, era é uma greve para a manifestação”, reconheceu o sindicalista, sublinhando: “Não deixamos de valorizar as pessoas que não foram trabalhar porque é também uma forma de protesto”.

A concentração começa partir das 14h00, junto à estação da CP, na Av. 5 de Outubro, e depois desfilam até ao Ministério da Educação, onde querem “fazer sentir o seu protesto pelo facto de o Ministro da Educação não ter até agora aberto a negociação do Caderno Reivindicativo, entregue há um ano àquele membro do Governo”, refere a nota enviada à redacção.

“A escola pública continua a ter uma crónica falta de pessoal não docente efectivo, pelo que o recurso à contratação precária é sistemática; os trabalhadores continuam sem ter direito a carreiras específicas que dignifiquem o exercício das suas funções e promovam a qualidade dos serviços prestados; o Governo insiste em destruir a Escola Pública, com o processo de municipalização que porá em causa a sua universalidade e a desresponsabilização do poder central”, justifica o mesmo texto.

A federação queixa-se de falta de resposta da tutela a um
caderno reivindicativo que entregou em Fevereiro e que, além desta questão,
inclui uma nova portaria de rácios que tenha em conta o tipo de escola e a
localização e não apenas os números de alunos e de funcionários.

Os trabalhadores não docentes pretendem também negociar carreiras
especiais e assegurar que não ficam na tutela das autarquias, ao abrigo de um
processo de descentralização que contestam.

No local da manifestação será depois aprovada uma resolução para entregar ao ministério.

Publicado por: Renascença